terça-feira, 13 de setembro de 2011

d'As palavras de Saramago

"Eu sei o que é, sei o que digo, sei por que o digo e prevejo, normalmente, as consequências daquilo que digo. Mas não é por um desejo gratuito de provocar as pessoas ou as instituições. Pode ser que se sintam provocadas, mas aí o problema já é delas. A pergunta que faço é por que é que eu me hei de calar quando acontece alguma coisa que mereceria um comentário mais ou menos ácido ou mais ou menos violento. Se andássemos por aí a dizer exatamente o que pensamos -quando valesse a pena-, teríamos outra forma de viver. Estamos numa apatia que parece que se tornou congênita e sinto-me obrigado a dizer o que penso sobre aquilo que me parece importante". José Saramago, 2008
"Acontece-me com as pessoas o mesmo que com as mulheres em meus romances. Faço-as melhores do que são na vida porque continuo a alimentar a esperança de que um dia se decidam a dar esse passo". José Saramago, 2007

"Claro que muitas pessoas riem ao ouvirem falar de ética. Mas creio que há que voltar a ela. E não à ética repressiva. Não tem nada a ver com a moral utilitária, prática, a moral como instrumento de dominação. Não. É algo mais sério que isso: o respeito ao outro. E isso é uma postura ética. Fora daí não creio que tenhamos nenhuma salvação". José Saramago, 2002

"Escrever é uma transfusão de sangue para o lado de fora". José Saramago, 1984


"Escrevemos porque não queremos morrer. Esta é a razão profunda do ato de escrever". José Saramago, 1993


"Eu vivo desassossegado, escrevo para desassossegar". José Saramago, 1998

"O ser humano culto é feito de papel". José Saramago, 1998

"Não temos outra coisa (que palavras). Somos as palavras que usamos. A nossa vida é isso". José Saramago, 2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário