2011 chega ao fim e me vejo tentada a falar umas coisinhas. sempre digo que não gosto dessa coisa de encerrar o ano e fechar pra balanço, principalmente porque essa coisa de terminar um ano e começar outro, seja apenas simbólico e ritualístico, pois independente disso e dos estertores de chronos, a vida segue nos movimentos que lhe são próprios!
e, além disso, essa lorota de fechar pra balanço me faz lembrar da tarefa que em minha infância me era delegada por meu pai (e também para minha irmã), de fazer a escrita do balanço das mercadorias do bolicho... passávamos dias-e-dias nessa árdua jornada de contar e registar tudo o que havia em estoque... restou que desgostei de fechar pra balanço.
mas o bom dessa história de findar ano, é que podemos resolver em nosso imaginário, essas coisas que só precisam de um empurrãozinho pra serem liquidadas... e, assim, como que usando um linimento, conseguimos deixar para trás, coisas que, de outra forma, carregaríamos feito pedra, durante anos! é como o que fazíamos no balanço do bolicho... o que já estava com a validade vencida, recebia baixa no estoque e ia pro saco!
assimassim, termino 2011 sintonizada com minha despedida de 2010, quando dava meus primeiros passos depois de um longo e tortuoso período de desterritorialização e reterritorialização em minha existência... lá, estava andando, porque amparada por coisas e pessoas muito especiais com quem tive a oportunidade de produzir encontros e encontramentos... e isso se deu porque minha vida estava se tornando fertilizada e muito aberta para esses acontecimentos!
2011 foi um ano muito bonito, de muitos outros encontramentos e abertura de novas estradas... já não precisei tanto do amparo afetuoso daqueles que me ajudaram a firmar meus passos depois das andanças pelas íngremes estradas em que andarilhava... foi um ano de agenciamentos, de acontecimentos, de experimentações, de desvencilhamentos, de decisões fundamentais, de rupturas radicais, de rizomáticas produções... foi um ano lindo!
e termino 2011 feliz como há muito não me sentia... 2011 foi um ano pra fincar pé na vida... foi um ano de fincar pé em minha vida e fazer a diferença na vida de outras pessoas... foi um ano de bordar o relevo nas dobras da existência de todas as pessoas com quem cruzei (de uma ou de outra forma!)... foi um ano de sair do cômodo lugar do meu banco de três pernas e me movimentar/ de produzir movimentos/de provocar acontecimentos... foi um ano de chutar canelas, mas também, de abraçar quereres... foi um ano de andar junto com quem gosta de andar... foi um ano de encontrar quem esteja aberto a encontrar... foi um ano para acontecer com quem esteja aberto a acontecer!
e, já nos últimos fulgores do ano, ainda pude desenhar o bonito acontecimento de um encontro com coisas e pessoas especiais... ainda não sabemos o que será desses encontros, mas já sabemos do que está sendo... inscrevo esses encontros na (des)ordem das coisas mais bonitas que já me aconteceram...bonitas, porque simples... bonitas, porque rizomáticas! bonitas, porque bonitas!
enfim, nada sei e nada projeto para 2012... mas sei que começa com o esboço claro das nascenças vindas das semeaduras de 2011... é um ano para acontecer... é um ano que entra vitalizado, potente e bonito! entra com minha mudança de idade e segue com a vida acontecendo, lindamente acontecendo!
e, para o traçado final, trago duas poetagens do manoel de barros, que dizem um pouco de mim e dos que comigo andam, e que foi lembrado pela amiga silvana, por conta de minha passagem de idade, neste um do um do 2012... veja-se:
e, além disso, essa lorota de fechar pra balanço me faz lembrar da tarefa que em minha infância me era delegada por meu pai (e também para minha irmã), de fazer a escrita do balanço das mercadorias do bolicho... passávamos dias-e-dias nessa árdua jornada de contar e registar tudo o que havia em estoque... restou que desgostei de fechar pra balanço.
mas o bom dessa história de findar ano, é que podemos resolver em nosso imaginário, essas coisas que só precisam de um empurrãozinho pra serem liquidadas... e, assim, como que usando um linimento, conseguimos deixar para trás, coisas que, de outra forma, carregaríamos feito pedra, durante anos! é como o que fazíamos no balanço do bolicho... o que já estava com a validade vencida, recebia baixa no estoque e ia pro saco!
assimassim, termino 2011 sintonizada com minha despedida de 2010, quando dava meus primeiros passos depois de um longo e tortuoso período de desterritorialização e reterritorialização em minha existência... lá, estava andando, porque amparada por coisas e pessoas muito especiais com quem tive a oportunidade de produzir encontros e encontramentos... e isso se deu porque minha vida estava se tornando fertilizada e muito aberta para esses acontecimentos!
2011 foi um ano muito bonito, de muitos outros encontramentos e abertura de novas estradas... já não precisei tanto do amparo afetuoso daqueles que me ajudaram a firmar meus passos depois das andanças pelas íngremes estradas em que andarilhava... foi um ano de agenciamentos, de acontecimentos, de experimentações, de desvencilhamentos, de decisões fundamentais, de rupturas radicais, de rizomáticas produções... foi um ano lindo!
e termino 2011 feliz como há muito não me sentia... 2011 foi um ano pra fincar pé na vida... foi um ano de fincar pé em minha vida e fazer a diferença na vida de outras pessoas... foi um ano de bordar o relevo nas dobras da existência de todas as pessoas com quem cruzei (de uma ou de outra forma!)... foi um ano de sair do cômodo lugar do meu banco de três pernas e me movimentar/ de produzir movimentos/de provocar acontecimentos... foi um ano de chutar canelas, mas também, de abraçar quereres... foi um ano de andar junto com quem gosta de andar... foi um ano de encontrar quem esteja aberto a encontrar... foi um ano para acontecer com quem esteja aberto a acontecer!
e, já nos últimos fulgores do ano, ainda pude desenhar o bonito acontecimento de um encontro com coisas e pessoas especiais... ainda não sabemos o que será desses encontros, mas já sabemos do que está sendo... inscrevo esses encontros na (des)ordem das coisas mais bonitas que já me aconteceram...bonitas, porque simples... bonitas, porque rizomáticas! bonitas, porque bonitas!
enfim, nada sei e nada projeto para 2012... mas sei que começa com o esboço claro das nascenças vindas das semeaduras de 2011... é um ano para acontecer... é um ano que entra vitalizado, potente e bonito! entra com minha mudança de idade e segue com a vida acontecendo, lindamente acontecendo!
e, para o traçado final, trago duas poetagens do manoel de barros, que dizem um pouco de mim e dos que comigo andam, e que foi lembrado pela amiga silvana, por conta de minha passagem de idade, neste um do um do 2012... veja-se:
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.
Prezo a velocidade
das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.
E
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
"Este ano quero paz no meu coração, se quiser ser um amigo mi de a mão". Porem tambem estou pronto pra luta. Mesmo sabedor da minha pequenez diante do todo, to pronto pra luta. Mesmo sabedor da imensa força contraria ao ato de lutar, estou pronto. Mesmo sabedor do verdadeiro panico que causa nas pessoas o ato de lutar estou pronto. Mesmo não estãndo pronto para vida. Para luta estou pronto. A vitória não virá, pois não haverá um final. A luta, porem, não será massante, dará prazer, pois é apenas a vida sendo vivida de forma intensa. Viver intensamente, devo diser a qui opõe se a viver isoladamente, pensarei sim no todo, sou um ser social e enquanto a vida seguir apresentando cituações como as vividas em 2011 estarei pronto.
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