Há dias que venho pensando em escrever sobre essas coisas que aqui desenho hoje. Há alguns dias aconteceram algumas manifestações de agricultores para provocarem o aumento nos preços pagos ao fumo produzido pelos mesmos.
Vendo tais cenas divulgadas na mídia, lembrei de um fato inusitado ocorrido há alguns anos no Rio Grande do Sul, quando o Governo Rigotto comemorou com muito alarde, a instalação de uma fábrica de cigarros da Souza Cruz em nosso Estado.
Minha cabeça é pequena demais para abrigar ao mesmo tempo, tantas coisas contraditórias. Vejamos:
A natureza dá mostras de seu desgaste, de sua deterioração, de sua degradação a todo o momento... apresenta deslizamentos de terra, ampliação do efeito estufa e do imenso buraco na camada de ozônio, terremotos, tsunamis, derretimento acelerado da camada polar, aumento do efeito da temperatura solar e muitos outros quetais!
O homem devasta progressivamente a pouca mata que resta em nosso planeta, utilizando, na maioria das vezes, o argumento de que a terra devastada serviria à produção. E é óbvio que não é para a produção de alimentos para aplacar a fome dos inúmeros famintos espalhados pelo planeta, mas sim para atender à voracidade capitalística que demanda mais e mais teias que sustentem o consumo desenfreado e predatório.
Já está por demais demonstrado os efeitos nefastos que as condições de produção de fumo, assim como, que os insumos utilizados na mesma, provocam sobre os seus produtores. Já está por demais demonstrado o efeito nefasto que o consumo de fumo produz sobre o meio ambiente e sobre a vida. Já está por demais demonstrado a necessidade de fazer valer a função social da terra, produzindo e distribuindo alimentos para todas as gentes.
A quem interessa, então, produzir e beneficiar o fumo? Alguém ainda é ingênuo o suficiente para defender a balela da geração de renda e de empregos a partir disso? Gerar renda e empregos ao custo das vidas que são trucidadas com o fumo? A quem interessa NÃO mexer nessas questões?
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