Uma canção, sem mais nem menos, escorreu da lua e tocou na vitrola antiga que enfeita o canto escuro da sala. Os fantasmas, desavisados e assustados, bateram o pó de suas velhas roupas e bailaram o inesperado som. Animados, logo depois, não perceberam que se enroscaram nas velhas teias de aranhas que pendiam de suas existências. Puxaram-nas atrás de si e quando a canção acabou, voltaram para seus lugares. Depararam-se com as paredes e o teto nús, desmascarados, descortinados das teias que os protegiam. A canção não voltou a tocar.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
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