segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Deleuzeanas

CORPO SEM ÓRGÃOS (CSO) [corps sans organes (CsO)] - "Para além do organismo, mas tambem como limite do cor¬po vivido, ha o que Artaud descobriu e nomeou: corpo sem orgaos. 'O corpo e o corpo Ele e dnico E nao precisa de orgaos O corpo nunca é um organismo.' Os organismos são os inimigos do corpo. O corpo sem órgãos opoe-se menos aos órgãos do que a essa organização de orgaos cha¬mada organismo. E um corpo intenso, intensivo. E percor¬rido por uma onda que traça no corpo niveis ou limiares segundo as variações de sua amplitude. O corpo nao tem portanto orgaos, mas limiares ou níveis." (FB-LS, 33)
Fonte: O VOCABULÁRIO DE DELEUZE, de François Zourabichvili

2 comentários:

  1. Outro dia fiz um comentário em cima de seu texto, onde voce falava dos sabores da vida. Com meu ranço e mania de quem tem na questão social seu objeto de trabalho abordei-o sob o viés das praticas alienantes do sistema capitalista. Depois me pus a pensar. Dei um enfoque ideológico a questão não soube pensar a vida pelo menos uma vez livre dos ardis do capitaismo. Porem retomo meu pensar pois é isto mesmo que teu blogue faz. E eu quero mesmo conforme Guimaraes Rosa "falar das coisas que eu não sei se sei e que talvez você saiba". Digo tudo isto para manifestar meu profundo lamentar pelas pessoas que não tem acesso a este tipo de texto,e lamentar mais ainda pelas que tem, mas que alienadas passam a vida esperando o próximo capitulo da novela. Teu texto cicatriz é ótimo,( como os demais) pois nos faz pensar.

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  2. Olá, Cláudio! Nesta semana estive no Simpósio Internacional O (Des)governo Biopolítico da Vida Humana, na UNISINOS,e pensava que vc e tantos outros trabalhadores das políticas públicas poderiam estar lá tb, escutando, discutindo, pensando e repensando as tantas coisas que fazemos todos os dias em nosso cotidiano de trabalho.
    Penso que o exercício do pensar seja uma coisa que podemos fazer, todos nós... tanto aqueles que sabem que esse seja um exercício possível à todos, quanto aqueles que pensam que seja uma coisa para poucos!
    Luto com navalha afiada, todos os dias, para não cair na paralisia do sentimento de impossibilidade... nosso dever talvez seja esse: mesmo nos tênues e parcos limites de nossos simplórios passos, saber que podemos dá-los... e dar!
    Um terno abraço, com apreço por sua existência no mundo e na vida de muitas gentes que ainda necessitam saber que tudo o que lhes disseram sobre as impossibilidades, pode ser feito de outra forma... eles e nós, temos que aprender a fazer isso todos os dias!

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