Todos os dias, 8 ou 9 da manhã, a visita chegava, batia de leve em sua porta, espiava pra ver se havia algo novo no ambiente e seguia o seu dia. Em dias de maior ansiedade, voltava várias vezes ao dia. Não sabia exatamente o motivo de sua vinda. Se era pra exercer seu controle ou para verificar se fora acrescido algo que pudesse lhe agradar. Acostumou com aquilo. Um dia, encorajou-se e deixou um bilhete na porta: "quando vier, use sua chave, antes que suas passagens pela fechadura estraguem seu segredo". Ainda demorou alguns dias, mas o tilintar das chaves prenunciou a abertura da porta.
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