Chegou de mansinho e capturou minha existência. Se fez de anjo e abençoou minha vida. Se fez de lago e devolveu minha imagem refletida em sua face. Fazia-me acreditar, todos os dias, que seus quereres fossem os mesmos, ou muito parecidos com os meus. Duvidava de toda poeira que via grudada em meu passos, mas mesmo assim, devolvia-me a confiança de que poderia tocar a vida junto com sua vida e que seu braço sempre estaria ali. Colocou em crise, todos as minhas certezas, mas me fazia crer que estaria na terceira margem do rio, esperando que o meu barco atracasse. Para ver seu rosto, eu olhava para o alto. Para aconchegar minhas fragilidades, eu me largava em seu abraço. Para descansar minha cabeça fervente, a recostava em seu peito. Um dia, encontrei no horizonte, somente um bilhete sem explicações que dizia apenas: “De start. Aperte o play. A vida segue!”. Eu, que não era provida de teclado, fiquei travada na última tecla dos seus comandos: repeat!
sábado, 11 de setembro de 2010
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