Esse tempo de virada de ano é motivo de manifestação de um e de outro, com as coisas que cada um deseja para si e para os outros... reproduzo, aqui, um dos escritos de que mais gostei e que vem de uma pessoa muito bacana, que conheci em 2010... coisas boas que me vieram nesse tempo, vieram tb por obra de suas pegadas nos caminhos de muitos. Um grande abraço para a Flávia Costa, da Santa Maria da Boca do Monte!
Aí vai seu escrever, seu sentir e seu pensar:
Todo ano é assim... Ainda não entendi (mas nem preciso) muito bem o que acontece entre dezembro e janeiro, mas sei, sinto que acontece... Mas, na vida está sempre acontecendo um tantão de coisas, todo o dia, toda a noite, a cada momento, mesmo quando parece que não esta acontecendo nada...
Quero desejar a cada pessoa que esta recebendo esta mensagem que a vida seja cada vez mais um grande acontecimento!!!
Que tenhamos a capacidade de entrar, estar, desejar e entender que o que nos acontece é o que importa e pode fazer sentido, potencializar afetos e forças!!!
Desejo que nesse espaço entre dezembro e janeiro seja potencializada nossa capacidade para sair da perspectiva da falta e poder pensar um pouco em produção, excesso... Refiro-me a um excesso cambiante, que produzimos na medida exata de nossas asas...
Diante disso desejo afetos vividos, ressentimentos desmanchados, brilho nos olhos, saúde pra gastar a vida, dinheiro pra desfrutar o que pode ser desfrutado com ele, amores e amizades que nutram e que sejam livres, delícias para se degustar e sorver, fé na vida e nas pessoas...
Desejo um bom samba de roda (e que a criança-em-nós brinque nesta roda), daquelas que é impossível ficar/permanecer parado ou chateado...
Que essa força estranha que enche tudo e transborda de uma certeza incrível na tal arte do encontro que alimenta e nos deixa forte na vida, e a vida imensa, nunca nos falte!!!
Pra finalizar... Nietzsche e Deleuze... e um brinde a vida!!!
Abraço muito grande! Flávia
Eu ainda vivo, eu ainda penso: ainda tenho de viver, pois ainda tenho de pensar. Sum, ergo cogito: cogito, ergo sum [ Eu sou, portanto penso: eu penso portanto sou]. Hoje, cada um se permite expressar o seu mais caro desejo e pensamento: também eu, então, quero dizer o que desejo para mim mesmo e que pensamento, este ano, me veio primeiramente ao coração – que pensamento deverá ser para mim razão, garantia e doçura de toda a vida que me resta! Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: – assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas. Amor fati [ amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim! Para o ano novo, Friedrich Nietzsche A Gaia Ciência
"Acreditar no mundo é o que mais nos falta; nós perdemos completamente o mundo, nos desapossaram dele. Acreditar no mundo significa principalmente suscitar acontecimentos, mesmo pequenos, que escapem ao controle, ou engendrar novos espaços-tempos, mesmo de superfície ou volume reduzidos". Gilles Deleuze
Eu ainda vivo, eu ainda penso: ainda tenho de viver, pois ainda tenho de pensar. Sum, ergo cogito: cogito, ergo sum [ Eu sou, portanto penso: eu penso portanto sou]. Hoje, cada um se permite expressar o seu mais caro desejo e pensamento: também eu, então, quero dizer o que desejo para mim mesmo e que pensamento, este ano, me veio primeiramente ao coração – que pensamento deverá ser para mim razão, garantia e doçura de toda a vida que me resta! Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: – assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas. Amor fati [ amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim! Para o ano novo, Friedrich Nietzsche A Gaia Ciência
"Acreditar no mundo é o que mais nos falta; nós perdemos completamente o mundo, nos desapossaram dele. Acreditar no mundo significa principalmente suscitar acontecimentos, mesmo pequenos, que escapem ao controle, ou engendrar novos espaços-tempos, mesmo de superfície ou volume reduzidos". Gilles Deleuze
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