domingo, 13 de novembro de 2011

Rizoma na botância


O rizoma é um caule subterrâneo, e não uma raiz como pode parecer. A seguir uma descrição da botânica sobre caules subterrâneos. Vale a pena estudar as características do rizoma para a melhor comprensão da metáfora usada por Deleuze e Guattari. 
 "Os caules, freqüentemente, desenvolvem-se sob a superfície do solo e tornam-se mais ou menos espessos, recebendo a denominação de rizomas (do grego rhiza + oma - 'o que está enraizado'). O rizoma é uma metamorfose caulinar, devido à adasptação à vida subterrânea. Como o rizoma vive fora da região iluminada, não possui folhas verdadeiras, capazes de assimilar e transportar; ao contrário da raiz, entretanto, possui gemas, que dão origem a partes aéreas foliares e floríferas. Encontramos exemplos de rizomas no gengibre e no bambu.
Entre os caules subterrâneos, especial consideração é dada aos que acumulam substâncias de reserva, os tubérculos do latim tuberculum, diminutivo de tuber - tumor, inchaço). O tubérculo é uma porção caulinar engrossada, em maior ou menor grau, subterrânea, como o tubérculo da batata.
O tubérculo é rico em substâncias de reserva (o amido é mais freqüente) e, na sua superfície, podem ser observadas as gemas (na batata, comumente denominadas 'olhos'). 
Outros órgãos subterrâneos comuns em regiões áridas (como as caatingas), são de natureza incerta, não definindo natureza caulinar ou radicular. Entre esses, encontram-se os xiopódicos (do grego xilon - madeira, lenho; podion - pé, sustentáculo), que são tuberosidades ricas em água e substâncias de reserva. O caiapiá e a maniçoba são exemplos de plantas de caatinga que apresentam xilpódios. 
Dutante o período do ano desfavorável à vegetação, o rizoma defende a planta contra os rigores do ambiente, sejam baixas tempretaturas ou secas prolongadas".
fonte: DAMIÃO FILHO, Carlos Ferreira. Morfologia vegetal. Jaboticabal, FUNEP/UNESP, 1993. pp. 215-216. 
buscado em: cooperação.sem.mando

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