Obra apresenta a relação entre o humano e a técnica na era das redes
Uma necessária reflexão além do pensamento humanista para a compreensão da nossa condição contemporânea.
O que a ficção científica e o cinema tinham imaginado nas cenas de filmes famosos, nos quais o humano sofre mutações através das suas interações com a técnica, não deve ser pensado como algo assustador ou como a imagem de um futuro fantástico, mas como os dinamismos que acompanham a humanidade desde o seu surgimento. As primeiras interações do homem com a técnica o deslocaram de sua condição humana para além dos limites do seu corpo.
A obra: “Pós-Humanismo: as relações entre o humano e a técnica na época das redes” foi organizada por Massimo Di Felice, sociólogo e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Mario Pireddu formado em Ciências da Comunicação pela Università La Sapienza Di Roma e doutor em Teoria da Informação e da Comunicação.
Ao trazer à tona as formas tecno-humana de interação social, a obra parte do princípio de que a reflexão humanista sempre separou a técnica do homem e que para a compreensão da nossa condição contemporânea, é preciso ultrapassá-la, ir além do humanismo, para repensar, a partir de um ponto de vista histórico mais amplo, a relação entre o homem e o mundo ao seu redor.
O conjunto de inovações tecnológicas e comunicativas que se difunde em nossa contemporaneidade redefine e altera o nosso cotidiano e os nossos sentidos, mostrando-nos a inadequação e os limites dessa percepção histórica e nos obrigando a repensar o absolutismo do princípio de autoformação e autodeterminação do humano.
Leitura relevante para estudiosos de diversas áreas, entre elas, Comunicação, Ciências Sociais e Filosofia, especialmente em níveis de pós-graduação e graduação. Trata-se do segundo volume da série “Era Digital”, publicado pela Difusão Editora em parceria com o Centro de Pesquisa ATOPOS, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, voltado aos estudos da comunicação digital. Composto por treze capítulos, o livro reúne textos de biólogos, filósofos e sociólogos de vários países e importantes pesquisadores brasileiros que refletem de diversos pontos de vista a relação entre o humano e a técnica na época das redes apresentando os possíveis significados do conceito pós-humanismo.
Sumário:
Capitulo 1 - A carne do futuro. Utopia da desmaterialização - Mario Pireddu
Capitulo 2 - Estéticas do pós-humanismo e formas atópicas do habitar - Massimo di Felice
Capitulo 3 - Pós-humano, pós-humanismo, anti-humanismo: discriminações - Lucia Santaella
Capitulo 4 - O novo totem do pós-humano - Derrick de Kerckhove
Capitulo 5 - Contra a pureza essencialista, rumo a novos modelos de existência - Roberto Marchesini
Capitulo 6 - Corpos e informações: o pós-humano de Wiener a Gibson - Antonio Caronia
Capitulo 7 - Convém falar das coisas que não se sabe - Alberto Abruzzese
Capitulo 8 - A natureza humana depois do humanismo - Roberto Esposito
Capitulo 9 - A inteligência do corpo: a sua evolução e a sua hereditariedade. Tecnologias do vivente - Pier Luigi Capucci
Capitulo 10 - O quarto corpo - Mario Perniola
Capitulo 11 - Redes e ambientes virtuais artísticos - Gilbertto Prado
Capitulo 12 - Impasses da comunicação eletrônica: a questão do diálogo na rede e do outro - Ciro Marcondes Filho
Capitulo 13 - Marshall McLuhan e o pós-humanismo - Andre Stangl
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