Dia desses, encontrei jogado numa lixeira qualquer da existência (e não sei quem jogou, nem porque o fez), um livro do Fabrício Carpinejar, chamado “O Amor Esquece de Começar”. Tomei o livro para mim, pelo título e por uma dedicatória de que gostei.
A dedicatória diz assim: “O que dizer a uma mulher que exala poesia por todos os poros?... Que tem o poder de transformar o cinza em azul... E que diz, sem palavras, tudo o que quero ouvir...
Apenas, que o Amor esqueça de terminar... L.
*... e que ela iluminou a minha escuridão, quando já cansada da noite...
18/01/07”.
Por um instante quis ser essa mulher que exala poesia por todos os poros e que tem o poder de transformar o cinza em azul, dizendo, sem palavras, tudo o que alguém queira ouvir.
Por um instante quis ser essa mulher que encontra alguém cansado da noite, para iluminar-lhe, com minha luz, sua escuridão.
Só por um instante quis sentir essas coisas, depois achei melhor permanecer apenas literária, na cor que se queira estar e sendo apenas luz.
Mesmo temendo encontrar o mesmo que a pessoa que acabou por jogar o livro na lixeira, guardei-o na estante, pensando que assim como o acaso do encontro com a lixeira me fez encontrar o livro, talvez possa encontrar quem possa dedicar palavras e atos bonitos que não levem um livro e nem uma vida para a lixeira da existência, e que não sejam apenas uma dedicatória ou que possa deixar o outro nesse estado descrito por Carpinejar: “Quando estamos sozinhos, somos pela metade./ Quando somos dois, somos um./ Quando deixamos de ser um dos dois, não somos nem a metade que começamos a história”!
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