terça-feira, 29 de março de 2011

divulgação: flecheira libertária. 197

banana!
Os europeus racistas, confortavelmente instalados em suas poltronas nas arenas milionárias, vão ao futebol para atirar bananas aos pretos. O alvo deste domingo foi Neymar, no jogo Brasil x Escócia. O craque indiscutível do momento deve estar repensando o que declarou a uma colunista social a bem pouco tempo. Ao responder a uma questão sobre preconceito racial, disse desconhecê-lo porque não é preto. Não há grana no mundo que isenta alguém da situação-limite colocada pela nossa sociedade quando sua cara racista vomita pela boca e pelo anus purificados: nós devemos viver, vocês devem morrer!
canteiros para o capital florescer
Cerca de 38 mil homens se submeteram a viver em canteiros de obras, distantes de cidades, a beira do rio Madeira, Rondônia, para construir a barragem e hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau. Malária, quartos lotados, proibição de hora extra, truculência de seguranças, nada para fazer fora do turno de 8 horas. Um protesto qualquer foi estopim para que alojamentos fossem destruídos e a paralisação das obras declarada. No sertão amazônico, na China, nos quarteirões de migrantes de grandes metrópoles, atrás de paredes de alguma estreita confecção clandestina, aglomerações insalubres de trabalhadores pouco qualificados e miseráveis proliferam para que o capital floresça limpo e flexível nos dinâmicos centros financeiros.
canteiros para a ‘vida melhor’
Os próximos canteiros de grandes obras de infra-estrutura poderão ganhar algumas reformas, aperfeiçoados por novas regras motivadas pelos protestos. Os sindicatos entraram na questão, a Polícia Federal entrou nas áreas de “tumultos”, processos foram montados, multas são cobradas. No entanto, não se questiona a pertinência das obras de alteração do fluxo dos rios e seus gigantescos canteiros; quer-se uma cesta básica mais gorda, quer-se o direito de fazer horas e horas extras para encher o “pé-de-meia”, quer-se apenas uma futura “vida melhor”.
garantias e controles
Diante da conturbada situação no oriente médio, especialistas espertos anunciam suas preocupações referentes à falta de democracia e direitos humanos nos países árabes, como causa principal das atuais revoltas da população. Calam-se diante das manobras e acordos anteriormente celebrados com os governos ditatoriais, que perduram desde o século passado, em negociatas revistas pelas exigências pelo novo milênio em melhorar a vida no planeta. Alertam que para conter revoltosos é preciso equalizar escolarização, oferta de empregos, e vidas governadas com qualidade.
speed e development
Para engrossar o arcabouço de análises, a ONU acaba de divulgar um relatório que mede a velocidade e os avanços do cumprimento das oito Metas de Desenvolvimento do Milênio, apresentando um ranking de 98 países. Seis estados árabes ocupam as piores posições. O mote especulativo utilizado por vários experts para apresentar a influência dos baixos índices de desenvolvimento é o descontentamento dos miseráveis. Isso explicaria a situação que supostamente incitou a derrubada dos ditadores, e vem se alastrando feito pólvora na região.

Nenhum comentário:

Postar um comentário