No meio do caminho,
Numa en-cruz-ilhada qualquer,
ilhei-me numa cruz
para carregar seu peso.
Corri léguas na imensidão de
seu deserto.
Terra árida,
de tempo em tempo, me trazia
uma lufada de vento.
No meio do dia,
quando o sol a pino fazia ferver
a existência,
eu via e sentia miragens
que cobriam meu olhar.
No meio da noite,
eu via e sentia fantasmas
que descortinavam minha existência.
Um dia, num amanhecer preciso e reto,
acordei do pesadelo.
Vi, com exatidão.
Uma estrada deserta também nos leva a
outros caminhos e
a outros lugares.
Então larguei o peso de sua cruz e
andei.
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