Mal dos olhos - Nunca leu nada nem ninguém. Só ficava olhando as letras, esperando que elas lhe dissessem alguma coisa. Ou algo. Elas nunca disseram. Já crescido, foi ao olhista que perguntou: “o que consegue ver aqui?”. Respondeu, com ar de sábio: “tudo embaralhado”. Voltou pra casa com as lentes por sobre o nariz. E as letras continuaram sem dizer nada, mas ele pode ver melhor o embaralhado delas.
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