Aprendera com a mãe, a andar olhando para o chão.
Dizia-lhe, ela, que se olhasse para
o alto, veria poesia, e, se
olhasse para baixo, veria
respingos de poesia e moedas.
Viu, em meio ao corredor de
ônibus, a moedinha brilhando.
Correu para juntá-la, sem ver o
ônibus que não vê moedas,
nem meninos.
A moeda permaneceu imóvel,
porque não vê ônibus, nem
meninos. (Ela, a moeda, é vista).
Nunca pôde saber se o ônibus
ficara mais vivo com a vida
que cedo lhe colhera. O
capital, certamente ficara
mais vivo, pois ele vive de vidas colhidas cedo.
A moeda, mais
alguém tentaria juntar.
Viveu e morreu como a mãe.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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