Clarice Lispector (1920 - 1977), escritora brasileira de origem judia nascida na Ucrânia.
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
"Brasília…Uma prisão ao ar livre".
"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite".
"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho".
"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".
"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever".
"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas".
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada".
"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam" (A Hora da Estrela).
"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome" (Perto do Coração Selvagem).
"Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária" (A paixão segundo G.H).
"E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano".
"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós".
"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós".
"...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda".
"... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso".
"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar".
"Eu não: quero é uma realidade inventada".
"... passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser".
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca".
"É difícil perder-se. É tão difícl que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo".
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".
"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós".
"Porque há o direito ao grito. Então eu grito".
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