sábado, 10 de março de 2012

flecheira.libertária.237


a igualdade das velhas famílias
Após reconhecerem a “união estável” de casais gays, certos juízes declaram ser preciso decidir “quem é a mãe e quem é o pai em uma união homoafetiva”. A declaração é justificada sob a argumentação de que as denominadas ‘novas famílias’ tem de ser julgadas sob os mesmos parâmetros aplicados aos chamados casais heterossexuais. Se durante a década de 1970, certos gays abalaram a família e, por conseguinte, o Direito, atualmente o reconhecimento legal é apresentado como um dos principais reclames do movimento organizado. Todavia, fica uma pergunta: reduzir as reivindicações ao âmbito do Direito não aproxima certos gays do modelo que por tanto tempo combateram? Reguladas pelo matrimônio, subordinadas ao Direito, as chamadas “novas famílias” celebram antigos e caquéticos acordos. 
verdinhas
Apoiados financeiramente por alguns dos homens mais ricos dos Estados Unidos, entre eles, Niklas Zennstrom, fundador do  Skype  e Bill Gates, um pequeno grupo de climatologistas investe em mirabolantes pesquisas de geoengenharia. Uma dessas experiências é a produção do chamado vulcão artificial, que consiste em borrifar a atmosfera com milhões de toneladas de partículas de dióxido de enxofre para barrar parte da luz emitida pelo sol e com isso resfriar o planeta. O argumento principal dos climatologistas é que com a dificuldade em reduzir a queima de combustíveis fósseis é preciso criar um plano alternativo que evite concretamente a irrupção de catástrofes climáticas. Como se vê, baseando-se na criação de alternativas, os maiores proprietários dos Estados Unidos entram na disputa com ONGs, ambientalistas, entre outros, pela preservação do planeta como grande negócio no capitalismo atual.
filé
Em 2008, um autointitulado filósofo, herdeiro de um mega financista suíço, lançou, na cidade de Londres, a School of Life. O empreendimento oferece cursos voltados aos problemas “da alma”, propondo uma “desescolarização da vida”. “Drink com Freud”, “Menu de ideias”, “Frigobar da mente” são alguns jargões utilizados para vender workshops que tratam de relacionamento, música, arte, etc., para “tornar o capitalismo mais profundo e a filosofia mais palatável”. Este ano o produto chega a São Paulo. A disciplina escolar tornou-se obsoleta na amortização dos corpos; os novos investimentos de controle reduzem qualquer coisa a uma mera adaptação aos negócios sociais. Em variado cardápio, os incômodos não são mais que obstáculos ultrapassados para a satisfação de saborearmos o melhor filé do mercado, mesmo que em vez de suculento seja servido ressecado.

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