quinta-feira, 13 de março de 2014

flecheira.libertária.329

falsa escolha
Desde o início dos protestos na Ucrânia, libertários atacaram o que definiram como “falsa escolha”, isto é, a oposição amplamente disseminada por agências de notícias e experts políticos da ocasião, entre os interesses defendidos pela Rússia e as autoridades ocidentais. Para os libertários, em nome do “futuro” e da “política”, tanto os defensores da integração com a UE quanto os alinhados com Putin prendem, torturam e assassinam. Diante da “falsa escolha”, em carta aberta, estes anarquistas publicaram: “que vão para o inferno com os seus Estados e as suas ‘nações’, as suas bandeiras e os seus discursos! Esta guerra não é nossa e não devemos participar nela, pagando com o nosso sangue os seus palácios, as suas contas bancárias e o prazer de se sentarem nas fofas cadeiras do poder. E se os senhores em Moscou, Kiev, Lviv, Kharkov, Donetsk e Simferopol começarem esta guerra, o nosso dever é resistir por todos os meios disponíveis!”
coragem
Declarado o impeachment do ex-presidente Yaukunovich, jovens estudantes anarquistas que ocupam, desde fevereiro, o Ministério da Educação, anunciaram que seguirão vivendo nas dependências do prédio. Para além de resistirem à infindável profusão de acordos e cadáveres provocados por ambos os lados da disputa, a decisão dos jovens visa impedir que Irina Fahrion, integrante do partido de extrema-direita, Svodoba, assuma o cargo de ministra. Escancaram que é inadmissível aceitar, seja em nome do “futuro”, da “democracia”, ou do que for, uma mulher sustentada por nacionalistas, fascistas e outras podres velharias que insistem em comandar ardilosamente as ruas da Ucrânia.
sem fantasia!
Durante as Olimpíadas de Inverno de Sochi, as filhas adotivas da Madonna, Nadia e Masha, filmaram e publicaram na internet o que afirmam se tratar de uma nova ação da Pussy Riot. As duas jovens aparecem no vídeo ao lado do marido de Nadia, um rapaz trajado como pussy – de vestido e balaclava colorida – e algumas outras de modelitos que nada tem a ver com as garotas que inventaram o grupo. As duas, e o esposo de Nadia, insistem na argumentação de que “qualquer um@ pode ser pussy riot”. Intentam ardilosamente transformar o acontecimento Pussy Riot em uma tática, similar à Black Bloc. Aproximam-se do anonimato, como recomenda o Anonymous, e se permitem, eventualmente, tirar as máscaras diante de certas plateias, no estilo the show must go on. 
fogo!
É importante reiterar o que expuseram, em carta aberta, as demais garotas que inventaram a Pussy Riot: elas estão associadas na luta contra objetos políticos pontuais e seguem “princípios” em muito diferentes dos agora apresentados por Masha e Nadia. Pussy Riot não é para qualquer um@ vestido em balaclavas! Que o fogo das pussies não se deixe confundir, nem capturar, por oportunistas adocicadas que tentam transformá-las em mais um personagem para arrebanhar descontentes de ocasiões para marchas e outras organizações.
so(l)ua
No turbilhão de datas cívicas, 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, graças à dirigente comunista russa Alexandra Kollontai. Não há vida sem mulheres e elas não são reprodutoras da espécie governada e fertilizada pelos homens. Foi e é assim que mulher virou dia como reconhecimento de seu direito a ser assimilada como parte dos homens. Elas têm direito a não apanharem, a receber salários menores e também a fazerem suas passeatas identitárias, a serem gays, negras, deficientes, etc, como os homens. E ainda há quem diz por aí que os direitos igualam e superam diferenças. As mulheres são iguais e diferentes: sem elas não há vida da espécie. Simples. O resto é conversa mole revestida de rancores. Mulher não é satélite, tampouco brilha somente na noite dos homens ensolarados. É preciso abolir esta data! É preciso abolir os macabros relacionamentos que humilham mulheres. E isso não é uma questão do direito, mas de jeito de tocar na vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário