sábado, 27 de outubro de 2012


Por meio de relatos, o filme revela a violência e as atrocidades cometidas contra internos em hospitais psiquiátricos. Retrata o tratamento e a injusta condenação que ainda recebem os portadores de sofrimentos mentais no Brasil. Neste tribunal, os hospitais psiquiátricos, com todo o seu notório saber, e a maioria de seus médicos, enfermeiros e atendentes, estariam no banco dos réus. 

O filme denuncia a falência do hospital psiquiátrico enquanto recurso assistencial. O caráter violador dos direitos humanos, os altos custos financeiros de sua manutenção e a sua ineficiência contradizem a força da sua presença no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Para o CFP, o cenário atual dos manicômios brasileiros é preocupante. Pelo menos 60 mil pessoas ainda estão internadas em hospitais psiquiátricos e diariamente são submetidas às mais perversas condições e situações de violência. E não é só. Há, ainda, 300 manicômios no Brasil, dos quais cerca de 80% são privados. Porém, todos eles, públicos ou privados, são financiados por recursos governamentais, consumindo cerca de 500 milhões de reais por ano. 

Em 2001, uma das vitórias das entidades que lutam pelo fim dos manicômios no Brasil foi a aprovação do projeto de lei do deputado Paulo Delgado (PT-MG). Sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 6 de abril deste ano, o projeto de lei, que ficou 12 anos tramitando no Congresso, dispõe sobre a extinção gradual dos manicômios e sua substituição por outros recursos assistênciais e regulamenta a internação psiquiátrica compulsória, consolidando as emendas e subemendas aprovadas no turno suplementar. "Este é o momento mais importante da minha vida", festejou Geraldo Peixoto, vice-presidente da Associação Franco Basaglia e pai de ex-interno. 
buscado em: http://www.youtube.com/watch?v=x8d1ksPo0xs

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