domingo, 21 de julho de 2013

para viver com a cabeça erguida e um sorriso no rosto!

aprecio por demais a leveza da vida feita de fluxos e os agenciamentos que essa vida propicia em minha existência, assim como, na vida das outras pessoas e no vasto mundo em que vivemos. gosto da paz. gosto da paz de um amor tranquilo (e isso não é um amor qualquer, mas sim, cheio de vida, de movimentos, de acontecimentos, de transformações). gosto da vida como ela é, bem rodriguiana, acontecendo de verdade. gosto de viver a vida conforme às minhas escolhas. gosto daqueles que não perdem o compasso e a cadência de suas existências, e compõem a vida com as ferramentes de que dispõem. gosto das gentes que não se aferroam a bestas vaidades. gosto das pessoas que saem do fundo de seus seres e cumprem a dor e a alegria de aprender a viver, fazendo de sua vida coisa outra, que não aquilo de que foram feitos. gosto do desassossego. gosto do compasso dos meus passos e da cadência de minhas andanças. gosto de ver quem anda comigo, também andando!
vivo com a grandeza de quem já ralou toda a pele velha e carcomida de uma existência dura. vivo com a grandeza de quem pode se orgulhar de tudo o que fez e faz. vivo com a alegria de provocar alegria por quase todas as vidas em que transito. vivo com a vivacidade que me permite, todos os dias, atravessar vidas e transformar existências. vivo com o sorriso que me brota da potência. vivo inventando a vida todos os dias!
inventei, em minha vida, a possibilidade de lidar melhor com as diferenças que permeiam as diversidades. criei em mim o sentimento de grandeza com relação a tudo o que tenha a ver com produção de vitalismo e potência na vida das gentes.
não tenho interesse por qualquer pessoa que busque sua consolidação através da ocupação de espaços formais de poder. abomino seres estéreis e esterilizadores que vivem de pequenezas regadas à ignorância, arrogância, prepotência, soberba, autoritarismo, fascismo e outros quetais. abomino seres precários que se fazem guiar por pequenas ou grandes fantasias sobre o que ouviram falar ou imaginam sobre a vida do outro. abomino seres pequenos que se creem onipotentes, quando não passam de pequenos ditadores emanadores dos pequenos-grandes fascismos que lhes habitam. abomino seres que escoam a vida, rastejando em meio ao próprio vômito ou pisoteando a própria merda. abomino aqueles que se sustentam em crenças em verdades-únicas e tradições-cegas-e-inócuas. abomino aqueles que julgam o outro segundo seus próprios estertores. abomino a vida que se escoa pelo ralo, enquanto alguns acreditam deterem o poder sobre a vida!
não aprecio pensamentos e (des)afetos rasos, porque a vida é feita de infinitas possibilidades. troco passos com tudo o que me afeta, desconcerta, anima, mobiliza, emociona, atravessa. sou grandeza, elegância, generosidade, compartilhamento, sempre e principalmente quando esperam em mim precariedade. não destilo ranços e nem rancores. não trabalho para afirmar ideias e ideais prontos e acabados; trabalho inventando a vida todos os dias.
vivo da leveza das canções cantaroladas ao acaso... da poesia tramada em letras juntadas no chão da vida... da risada largada e da alegria solta... da boniteza das minhas andanças (que nunca são solitas)... das literaturas que invento nas dobras dos existires... da abertura de fissuras que criem fluxos... da boniteza das coisas simples... do desapego das desnecessárias cargas... dos-micro-acontecimentos... das intempestivas genialidades nascidas das mais inusitadas situações... das coisas possíveis. no mais, é assim que eu vivo... e gosto de andar com aqueles que também andam nessa mesma toada... dos que andam outras andanças, apenas tenho notícias (mesmo que diárias e constantes), mas com eles, não troco passos!

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