quarta-feira, 15 de agosto de 2012

sobre um simples bilhete!

hoje postarei algo que habitualmente não o faria... é um bilhete emitido por um participante do I SEMINÁRIO DE DIREITOS HUMANOS PARA A DIVERSIDADE EM UMA SOCIEDADE PLURAL - CRUZ ALTA... esse senhor que anotou o bilhete aqui estampado, teve a grandeza e a decência de assiná-lo, mas preservarei o seu nome, pois tenho um imenso respeito pelas pessoas que, mesmo através de um bilhete, conseguem expressar a imensa e tangente contratura que lhes corrói as entranhas... faço isso porque já cansei de guardar os bilhetes, as ameaças, os desaforos, as desditas, os mal-desentendidos e tantos outros quetais que aparecem/emergem/surgem/refluem/regurgitam do ventre contrafeito daqueles que têm dificuldade para lidar com outras (trans)versões da vida e do existenciar a vida, que não seja aquela que tão bem formatada esteja em suas cabeças... sempre guardei esses escritos por entender que as pessoas tenham o direito de expressar seus incômodos, sem serem expostos em tal... mas agora, depois de nossa roda de conversa sobre DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE SEXUAL, acontecida ontem (14.08.2012), tendo por âncora a costura tecida por GUILHERME CARLOS CORRÊA sobre o assunto -com a qual fiz alinhavos de interseção-, vendo o bilhete-escrito, pensei que seria cretino da minha parte, continuar guardando esses escritos, portanto, aí vai a candura desse momento!

2 comentários:

  1. O bilhete se demonstra um pensamento verdadeiro e assim alguma honestidade não é, no entanto, revelador. Caso o fosse não estaríamos nós reunidos em torno do tema. O bilhete representa o pensamento dominante.
    Pairava uma nuvem. Nuvem esta, constituída por pontos de interrogação, constrangimento e determinação de negar a obviedade. O obvio de que as pessoas tem o direito de serem felizes de acordo com suas vontades, de que as pessoas querem apenas poder ser o que realmente são.
    Ás interrogações, porem, sugerem que encontros como este valem a pena, pensemos no quanto estará incomodado esta (as) pessoa (as). Saíram sim da zona de conforto – o bilhete é como prova disso- eles já não têm tudo tão resolvido. Você Dielho, o Guilherme, os outros jovens homossexuais que La estavam como não admira los, suas coragens, suas sensibilidades, a clareza e simplicidade com que vêem o mundo. Olha Dielho e amigos, também eu tive um dia que aprender a respeitar o diferente – quando eu entendia como diferente- hoje eu admiro as pessoas autenticas, e se eu pude todos podem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. é isso mesmo, claudio! e sempre acabo guardando os bilhetes e outros quetais decorrentes dessas ocasiões, pois tomo como a expressão do mais absoluto desconforto e incômodo, sinalizando o pensamento mais original das gentes!
      no mais, lidar com o contro-verso, ajuda-nos a nos tornarmos gentes muito bonitas, corajosas, sensíveis e simples! tenho maior orgulho de ser o que sou, do jeito que sou e com o gosto que tenho... e, além, disso, de ajudar as crianças do hoje a pensarem, verem e desenharem um di-verso desse em que vivemos!
      obrigada pelo carinho e pela generosidade, claudio!

      Excluir