domingo, 6 de janeiro de 2013

propostas produzidas na I Jornada Intersetorial de Saúde Mental - cruz alta/rs


ATENÇÃO PESSOAS: alguns colegas do campo da saúde mental e das políticas intersetoriais solicitaram a divulgação dos pontos produzidos nas conversações realizadas na I Jornada Intersetorial de Saúde Mental, em junho/2011, na comunidade de Cruz Alta/RS. então aí vai a junção das letras!
GRUPOS TEMÁTICOS PARA PRODUÇÃO SUBSÍDIOS AO PLANO MUNICIPAL E DA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE INTERSETORIAL EM SAÚDE MENTAL (discussão e produção de propostas/ o que temos e o que necessitamos):

1. Produção e Consolidação da Rede de Atenção em Saúde Mental (CME e CAPS)
- Atendimento de mais de um profissional conjuntamente (Terezinha Rambo);
- Que o CAPS se estruture para o atendimento do paciente em crise;
- Qualificação dos profissionais da rede;
- Respeito aos horários marcados para os atendimentos na Clínica Especializada;
- Ampliação das equipes;
- Aumento do número de profissionais psiquiatras;
- Existência do profissional psiquiatra na equipe do CAPS;
- Carro à disposição para a equipe realizar atendimentos domiciliares e para transporte de pacientes;
- Criação de leitos no hospital local;om
- Que o atendimento de crises seja realizado pelo Pronto Atendimento Municipal;
- Reunião entre todos os interessados na criação do atendimento de saúde mental no Hospital São Vicente de Paulo (usuários, familiares, trabalhadores, gestores), junto com o Ministério Público e Representantes do Hospital;
- Melhoria dos espaços físicos do CAPS e de materiais e equipamentos para o trabalho;
- Agilidade na compra de materiais.

2. Saúde Mental na Rede de Atenção Básica em Saúde
- Aproximar e envolver as Associações de Moradores com as ESF’s;
- Quem cuida da saúde mental dos profissionais da área da saúde, com apoio físico e psicológico;
- Respaldo da Gestora da saúde para mudança do modelo de Atenção à Saúde – troca do modelo antigo (consultas X exames X remédios). Qualidade no atendimento e não quantidade;
- Apoio do CAPS e Clínica Especializada para ações promovidas pelas ESF’s de acordo com as necessidades da comunidade de abrangência;
- Exigência de Curso Técnico para todos os profissionais da área da saúde;
- E que realmente aconteça na prática a intersetorialidade no atendimento à comunidade, entre saúde, educação, obras, esportes, cultura e outros.

3. Saúde Mental e Políticas Intersetoriais: Educação
- A inclusão de crianças e jovens com necessidades especiais em turmas regulares como questão de saúde pública;
- A formação continuada de educadores em torno desta questão (saúde mental) que está totalmente desconsiderada;
- Adequação da acessibilidade do ambiente escolar;
- Serviço de apoio às famílias de crianças incluídas;
- Qualificar a relação da escola com os serviços de saúde e justiça.

4. Saúde Mental e Políticas Intersetoriais: Assistência Social
- Educação permanente dos trabalhadores com vistas a um plano intersetorial, voltado à conjuntura sócio-histórica da sociedade, contemplando a participação dos usuários;
- Grupo de trabalho intersetorial na rede básica e especializada, bem como, intersetorial para além do território, com enfoque especial em saúde mental no intuito de consolidar uma clínica ampliada (cuidado);
- Trabalhar a intersetorialidade concomitante ao processo de gestão, a fim de possibilitar propostas de trabalho que ultrapasse, efetivamente, a setorialidade;
- Construção de um bando de dados informatizado e municipalizado para os usuários dos serviços de saúde mental.

5. Saúde Mental, Intersetorialidade e Matriciamento Intra e Intersetorial
- Necessidade de produção de processo de matriciamento intra e intersetorial nos campos da saúde mental e do uso abusivo de álcool e outras drogas;
- Necessidade de implantação de matriciamento intersetorial para a área da educação, no campo do uso de álcool e outras drogas;
- Produção de Planos Individuais de Atendimento aos usuários dos Serviços de Saúde Mental;
- Produção de trabalho efetivo em rede;
- Produção de trabalho intersetorial de atenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas;
- Produção da Política de Saúde Mental e qualificação dos Serviços disponibilizados;
- Produção do trabalho de atenção em saúde mental, álcool e outras drogas na rede de Atenção Básica de Saúde;
- Melhorar e qualificar o acesso e acolhimento na atenção em saúde mental, álcool e outras drogas.

6. Formação técnica e superior, e educação permanente em saúde mental
- Toda construção é importante, tudo que se renova é importante. Falta humanização entre o usuário e o profissional;
- Antes de se pensar em construir se deve pensar em eficácia no atendimento;
- Escutar mais o usuário. Muitos profissionais tem boa formação, mas pecam na questão da humanização e educação ao tratar com o usuário;
- O usuário é o fator X e deve expor mais suas opiniões;
- Os profissionais devem ter uma melhor formação para lidar com cada tipo de doença mental;
- Valorizar mais o trabalho em equipe;
- Falta de soluções em tratamentos de doentes mentais, onde profissionais capacitados se negam ao atendimento;
- A busca pela formação deve ser de cada profissional buscando se atualizar mais;
- É fundamental ter uma teoria antes da prática;
- A formação não está centrada apenas em escolas ou instituições e sim no dia a dia de cada profissional;
- Valorizar o trabalho em rede, pois onde um falha, todos falham;
- Procurar ser o melhor, em cada situação de trabalho.

7. Saúde Mental, Intersetorialidade e o trabalho de atenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas
- Afinar a conversa e a co-responsabilização entre os Conselheiros Tutelares e os serviços em saúde mental;
- Realizar pesquisa sobre a demanda atendida e a eficácia dos atendimentos;
- ACS já estão trabalhando junto ao CAPS;
- Descentralizar o atendimento nas comunidades (questão do território e da atenção básica). Investir na criação do NASF como via da descentralização;
- Inserir profissional da educação física nos serviços de saúde;
- Integração entre a escola e os serviços de saúde mental (potencializar a capacidade que os professores tem);
- Produzir espaços para conversar;
- Inserção do COMDICA no GT de Saúde Mental;
- Criação da Comissão Intersetorial em Saúde Mental.


PROPOSTAS PRODUZIDAS NA I JORNADA INTERSETORIAL DE SAÚDE MENTAL, REALIZADA EM 02 E 03 DE JUNHO DE 2011 E APROVADAS NA CONFERÊNCIA DE SAÙDE:
Saúde Mental Municipal
  1. Implantar Equipe de Atenção Ambulatorial ao Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas.
  2. Ampliar e qualificar a Equipe de Atenção Ambulatorial em Saúde Mental.
  3. Estruturar o trabalho de atenção na crise, para usuários do campo da saúde mental, e uso abusivo de álcool e outras drogas.
  4. Organizar e redimensionar a Política de Saúde Mental.
  5. Produzir processo de matriciamento intersetorial/transversal no campo da saúde mental e do uso abusivo de álcool e outras drogas, nas políticas públicas.
Saúde Mental Municipal e Nacional:
  1. Ampliar financiamento para atenção ambulatorial ao uso abusivo de álcool e outras drogas.
  2. Propor credenciamento do Hospital São Vicente de Paulo para disponibilização de leitos psiquiátricos e para álcool e outras drogas, no Município de Cruz Alta/RS, garantindo atendimento especializado.
  3. Modificar os critérios para implantação e financiamento dos CAPS (excluir o critério quantitativo populacional e incluir verificação da demanda nos Municípios).

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