quinta-feira, 13 de setembro de 2012

flecheira.libertária.262


morte à prisão, free pussy riot
Na última sexta-feira, três integrantes do grupo  punk feminista Pussy Riot foram sentenciadas a dois anos de prisão. As garotas foram condenadas por terem entrado com suas balaclavas coloridas e guitarras na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou, tocando a “Reza-punk: Virgem Maria, ponha o Putin para fora”. Elas estavam presas, aguardando a decisão judicial, desde o final de fevereiro. Protestos e manifestações de grupos a favor dos direitos humanos, feministas e  pop stars vem acontecendo, cada vez com maior intensidade, desde então em todos os cantos do planeta. Defendem anistia às “presas políticas” frente ao que apontam, estrategicamente, ser um “processo tipo stalinista”, quando, na realidade é uma democracia. Em uma de suas intervenções, anterior a da emblemática Catedral, sob os muros vizinhos a uma prisão russa, as pussy riots tocaram: “Morte à prisão!”. Em uma ditadura ou em uma democracia, grupos a favor dos direitos humanos, feministas e  pop stars, entre outros, defendem a permanência das prisões. Para além de “free pussy riot” é preciso “liberty”, e comoas próprias garotas já gritaram, matar a prisão! 
conservadorismo verde 
Um moderado ex-deputado conservador, que perdeu espaço recentemente com o crescimento do Tea Party, lançou-se como alternativa dos republicanos estadunidenses para o discurso ecológico. O objeto é novo, mas o método é o mesmo. O deputado acredita na eficiência auto-reguladora da liberdade do mercado, na necessidade do Estado garantir esse espaço e preconiza o esquecimento do passado. Defende que o Estado retire os subsídios dos combustíveis fósseis, forçando a busca de fontes alternativas de energia, como já fazem certas empresas do sangue negro do capitalismo. Para ele não se deve negar os perigos ecológicos, mas centrar a  política de Estado no que acredita ser o fundamental: os recursos energéticos. Quanto ao que foi feito no passado com a extração de petróleo e carvão mineral, com morte de milhões de trabalhadores e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente, devese esquecer, já que seus antepassados não possuíam as informações de que hoje dispomos. E assim o capitalismo segue a toda, estimulado pelas disputas em nome do planeta. 
não ignore! 
Após a ação de “retomada” de um tekohá – “espaço onde se vive” – denominado Arroyo Corá e que havia se tornado uma propriedade rural, a ameaça que paira constante sobre a existência dos guaranikaiowá retornou com força. Um fazendeiro declarou que os índios que participaram da “retomada” seriam transformados em ração para o seu gado. É sabido que há mais de uma década, no Mato Grosso, os guarani-kaiowá são sistematicamente violentados pela segurança legal ou ilegal que o Estado garante a proprietários de terra. Sabe-se que os guarani-kaiowá quando não são exterminados por jagunços são enviados pelo próprio Estado para mofarem no interior das celas de certas prisões. A aliança entre Estado e proprietários lava a terra dos índios com  sangue. Quem ignora a violência sobre a vida dos povos indígenas consente com o seu extermínio.

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