sábado, 20 de abril de 2013

efêmero.poder


INTRÓITO1: “Dir-me-ão: ora aí está o senhor, sempre com a mesma incapacidade de transpor os limites, de passar para o outro lado, escutar e fazer ouvir a linguagem que vem de fora ou de baixo; sempre a mesma escolha, do lado do poder, do que ele diz ou faz dizer. Estas vidas, porque não ir escutá-las lá onde falam por si próprias? Mas, antes de mais nada, daquilo que elas foram na sua violência ou na sua infelicidade singular, será que nos ficaria o que quer que fosse, se, a dado momento, não tivessem cruzado o poder e provocado as suas forças? Afinal, não será um dos traços fundamentais da nossa sociedade o fato de o destino tomar aqui a forma da relação com o poder, da luta com ou contra ele? (Foucault)

INTRÓITO2: “Como o poder seria sem dúvida agradável e fácil de desmantelar, se se limitasse a vigiar, espiar, surpreender, proibir e punir; mas incita, suscita, produz; não é apenas olho e ouvido; faz agir e falar” (Foucault).

Sou incitada a despertar os pensamentos adormecidos. Sou incitada ao devir. Sou incitada à desacomodação. Sou incitada a ciscar em meio às teias e encontrar as moscas mortas que ali se prenderam. Sou incitada a mexer no palheiro, não para procurar a agulha, mas para conhecer as palhas. Sou incitada a pensar. Sou incitada a agir e falar.
Começo esclarecendo que o meu interesse técnico, humano e teórico pela questão do assédio moral vem de muito longe. Vem, em primeiro lugar, da constatação que fiz, em determinado período da minha vida, sobre como é difícil lidar com muitas situações no trabalho e não ser intolerante ou fascista com o outro. Em segundo lugar, vem das várias situações de assédio moral e abuso de poder que sofri em minha atuação no campo público. Além disso, vem do imenso número de situações que atendi e atendo, cuja demanda é provocada exatamente pelo efeito da opressão, do desrespeito, do autoritarismo, do hierarquismo-burro, do assédio moral, da violência verbal e psicológica que é praticada por gestores/administradores que também são gente, mas que apresentam uma formação humana deverasmente conturbada e uma formação técnica bastante autoritária e conservadora, que acaba resvalando para o aviltamento da dignidade das pessoas com que eles atuam.
Já tem alguns anos que, em função do grande número de atendimentos psicológicos a trabalhadores do campo da saúde (pública e privada), encaminhei documento ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos da Saúde (e a Eva Rosalina Vieira pode falar mais disso), sugerindo a produção de conversação sobre o assunto e de ações visando interromper esses agravos. Já, no que se refere às pessoas que vem do campo da educação pública municipal e estadual, sempre que possível temos mantido espaços de conversação e de produção de movimentos (tenho conversado, principalmente com a Alexandra Amaral e  a Estela Maris Fagundes, mas também na Escolas e em demais espaços). Sabemos, todos, que essas são questões que nunca estarão eliminadas completamente, mas que devemos publicizar e dar visibilidade cada vez mais, buscando produzir outros modos de relações no trabalho, assim como, inter e intra-institucionais. Enfim, afora os momentos de conversação de ordem mais pontual, cuido em tecer, também, uma articulação intersetorial permanente, pois não há como trabalhar sem estar conectado com os demais espaços de trabalho. Trabalho em rede não é uma mera condição utópica, assim como não deve servir ao controle do estado sobre a vida das pessoas. Trabalho em rede é heterotopia e trabalho vivo, acontecendo permanentemente.
No mais, penso que muitas vezes acabamos não tomando uma atitude mais radical para fazer cessar as situações de assédio moral e de abuso do poder, por medo, comodidade ou simplesmente por não querer gastar mais energia com pessoas que dificilmente mudarão a postura e a forma como lidam com a vida e com as gentes... e é exatamente por isso que elas continuam acontecendo gestão após gestão, enquanto os trabalhadores vão sendo moídos em sua dignidade e capacidade vital para a vida e o trabalho. 
Quando uma pessoa ou um grupo se propõe a governar uma cidade, deve já, de antemão, saber e reconhecer a diversidade como uma condição inerente a polis. Desconsiderar isso gera, no mínimo, ações e proposições fascistas, ditatoriais e absolutistas, quando não, cercadas de um fundamentalismo da unilateralidade (e não podemos esquecer que qualquer pessoa ou governo pode se tornar fascista). Um governo que cria um clima bélico na cidade, sem sombras de dúvida, há de colher tiroteios, ou seja, o poder tomado como uma condição universal de guerra, não produz boas coisas! E, no que se refere ao âmbito da administração pública, quando os trabalhadores que aí atuam são tomados por inimigos, então a coisa fica mais estranha ainda. Governo que toma os cidadãos e os trabalhadores públicos por inimigos, só conseguirá a guerra.
Não podemos esquecer que há gestores cujas características subjetivas e pessoais os fazem, diferentemente de outros estadistas, absolutamente tiranos, centralizadores do poder formal, autoritários -e aí fica perigoso nos dispormos a tecer interpretações para a subjetividade e psique de um gestor político público (ou de qualquer outra pessoa que seja)-, assim como fica difícil lidar com isso, pois nunca sabemos qual será atitude que eclodirá em cada amanhecer. Nunca se sabe a dimensão da paranoia que desencadeará ações e decisões. Nunca se sabe a estultice que pode surgir. Nunca se sabe a dimensão da puerilidade que provocará as ações.
Um gestor deve ser ponderado e lúcido com relação à composição de forças e estratégias políticas e de gestão, e não se deixar guiar pela paranoia sobre os supostos adversários, inimigos ou discordantes. Quando os trabalhadores públicos municipais são identificados como inimigos, aparenta-nos que o gestor seja insano além de governante (e a história humana conta com muitos exemplares dessa espécie, cuja loucura não acontece a favor da vida e sim, da morte, da guerra e da despotencialização das gentes). Um governante pode ser mais tranquilo se não se colocar como o centro de todas as decisões e deliberações; se souber provocar o protagonismo da cidade; se tiver capacidade de compor as relações de forças; se não se negar à conversação; e, se for gente. Sim, se for gente! E, basicamente, se trabalhar a favor da vida!
É importante sublinhar que alguém que se habilita à condição de gestor público, não deveria, de forma alguma, se propor à centralização e personalização da gestão, visto que pretender dar conta sozinho da coisa pública, além de produzir a ditadura, provoca, também, a inviabilidade do governo; além do mais, há gestores que ascendem ao campo da administração pública e pensam em transpor para tal os conceitos, noções e práticas do campo privado, mas gerir a coisa pública é algo bem diverso de gerir um espaço privado –principalmente se for de menor escala- e isso passa pela legislação, pela política formal e geral,  pelo campo teórico, pelo campo ideológico, pelos cidadãos, pelos trabalhadores públicos, etc.
Olhando especificamente para a nossa comunidade, vemos que as situações problemáticas de acontecimento recente ou as que já estejam cronificadas, não serão resolvidas por um bando de pretensos iluminados, mas sim, por diferentes espaços de conversação e de execução das ações demandadas. Não acredito em iluminados que se reúnem para compor, solitos, soluções para questões que envolvem a coletividade. É fundamental reconhecermos os diferentes espaços de conversação pública, como genuína e marcadamente produtores do desencadeamento formal de ações políticas e práticas pontuais (Câmara de Vereadores, Orçamento Participativo, Associações de Moradores, Redes Sociais, demais instituições e entidades comunitárias, etc). É de se convir que as Redes Sociais ainda não tenham um estatuto de formalidade frente às questões “oficiais”, mas é uma ferramenta que tem funcionado deverasmente como disparador e agenciador de movimentos e, no mais, a vida está acontecendo na maioria das vezes, de forma absolutamente independente das articulações públicas e formais, assim, os micro-movimentos, os micro-devires, os micro-agenciamentos, os micro-acontecimentos fazem do campo popular genuíno, por excelência, para a circulação e articulação política.
Mas tenho me deparado com pessoas que apresentam visíveis, gritantes e assustadoras dificuldades de entendimento das questões mais básicas da vida humana. E vejamos que não estou falando de pessoas com reduzida formação vertical, ou seja, cuja formação educacional tenha se dado de forma popular ou simplória, e não formalmente. Estou falando de pessoas com elevada formação escolar e, até mesmo, com um considerável trânsito cultural e político. Não sei se a coisa se dá por uma dificuldade de leitura, de interpretação ou por limitação intelectual e humana mesmo... muitas pessoas cuja formação se deu numa perspectiva clássica-conservadora, seguindo a tradição das dicotomias e binariedades, das coisas que podem ter somente a via do certo e do errado, das autoridades-autoritárias, do não-pensamento, da não-problematização... enfim, essas pessoas têm dificuldade para compreender a condição daqueles que tem uma posição diversa disso, que problematizam, que provocam pensamento, que chutam as estruturas, os instituintes e as instituições... nomeiam-nos de rebeldes, insatisfeitos, recalcados, extremistas, polêmicos,  briguentos, compliquentos, entre muitos outros quetais, mas somos tão, e simplesmente, seres que não vivemos guiados por verdades pretensamente universalizantes, assim como, não aceitamos que nos digam o que, como e quando pensar, pois temos nossas próprias formas de fazê-lo. Chuta-se o que está posto de forma absoluta, “Apoiando-se nas noções aparentemente abstratas de multiplicidade, de fluxos, de dispositivos e de ramificações, a análise da relação do desejo com a realidade e com a “máquina” capitalista traz respostas a questões concretas. Questões que se ocupam menos com o porquê das coisas do que com seu como. Como se introduz o desejo no pensamento, no discurso, na ação? Como o desejo pode e deve desdobrar suas forças na esfera do político e se intensificar no processo de reversão da ordem estabelecidas?” (Foucault). Assim, somos problematizadores, sim, e somos porque é com essa condição de problematização com que nos fazemos guiar, que operamos o propósito de provocar o pensamento sobre as formas como a vida e as coisas da vida, o mundo e as coisas do mundo estão postas, e, assim produzir movimentos e acontecimentos... enfim, inventar outros modos de vida e reconhecer as singularidades da vida de cada um como uma condição fundamental para a vida em pluralidade... pensamos, também com Foucault, quando diz: “Um dos meus objetivos é mostrar às pessoas que um bom número de coisas que fazem parte dessa paisagem familiar – que as pessoas consideram como universais – não são senão resultados de algumas mudanças históricas muito precisas. Todas as minhas análises vão contra a ideia de necessidades universais na existência humana”.
Devo dizer que a crítica rançosa, pequena, mordaz, voraz, rasa, precária e absolutamente limitada, que faz uma comparação entre o que acontecia em outras gestões e o que acontece agora, é de uma limitação absurda, visto que não seja disso que estamos falando, pois para o trabalhador público concursado a vida funcional não é feita de 4 anos, mas para um grupo gestor e para os CC’s dura 4 anos (renováveis ou não)... então, o que estamos tentando pontuar (e alguns mais limitados ou mais ortodoxos insistem em desconsiderar isso) é que muitos dos trabalhadores públicos municipais que estão sendo removidos ou atingidos por ações intempestivas na atual gestão, fazem parte de um contingente que se posiciona cada vez mais e que não se assujeita aos desmandos dos gestores.
Veja-se que o argumento “eu mando e os demais obedecem” é uma forma de conceber e atuar que já se tornou tão arcaica no campo da administração, que sempre nos causa surpresa quando reaprece um exemplar da espécie que pensa e atua assim. Sabemos, é claro, que há trabalhadores públicos municipais que se guiam por esse formato vertical e hierárquico de trabalho, em que alguns pensam e os outros obedecem... sabemos que há, também, aqueles que vem governo, vai governo, e continuarão fazendo de conta que trabalham, mas não farão teatro na hora de receber a remuneração... há, também, os que buscam se dar bem em qualquer condição, fazendo-se de “aliados políticos” da esquerda, do centro e da direita, e, o que é pior, são tão convincentes no teatro que fazem, que o gestor (que for interesseiro) aceita o jogo e compra a dignidade dessas pessoas (que chamamos de sabonetes) com FG’s e outros quetais... há, ainda, aqueles que parecerão atuar de forma responsável e competente, mas que na verdade estão mapeando formas de amealhar tudo o que puderem para compor suas remunerações e seus interesses... enfim, há trabalhadores/colegas que simplesmente não há como defender!
Assim, cá estamos, nós trabalhadores públicos, numa peleja intensa com a atual administração pública municipal de cruz alta, visto que muitos de nós temos sido removidos arbitraria, intempestiva e autoritariamente de nossos espaços de trabalho, sem nenhuma justificativa e tal determinação tem partido diretamente do prefeito municipal, ordenando aos secretários que o façam terminantemente, sob pena de responsabilização. Vejamos que essa arbitrariedade não é uma característica exclusiva deste governo, mas soe dizer que agora está sendo absolutamente mais intenso, amplo e abrangente. Além disso, algumas ações tem sido meramente fascistas, enquanto outras se fazem ridículas pela puerilidade (e uma colega que foi removida arbitrariamente conseguiu se plantar em frente ao gestor e o mesmo emitiu sua posição dizendo que ela fora removida pelo fato de que seria do PT e teria feito campanha para o PT no último pleito... e nenhuma dessas informações tem procedência, mas mesmo se o tivessem, isso seria motivo para remoção?); é algo bisonho e risonho, pois parece-nos que o menino-gestor quer somente seus companheirinhos jogando bolitas e quem não o seja, deve ficar fora da brincadeira... às vezes tem que voltar atrás e chamar uns e outros de volta para ter com quem brincar... birrento e emburrado, brinca de decidir quem pode e quem não pode ficar na brincadeira, esquecendo que não estamos aí para estultices desse tipo! E não estamos aí, também, para pessoas que não têm capacidade sequer para a conversação frente a frente, olho no olho, ponderando e apresentando suas justificativas, conhecendo nosso trabalho, conhecendo nosso pensamento e nossa forma de lidar com a coisa pública.
Há algo que quero assinalar: eu e muitos outros colegas que são publicamente posicionados deixamos sempre claro nosso pensamento e entendimento das coisas, portanto, não há de se ter paranoias conosco. E mesmo aqueles que não são posicionados de forma mais ampla e intensa, mas que são simplesmente trabalhadores públicos que atuam de forma séria e consistente, não há de se ter paranoias com eles. Enfim, haveremos de trabalhar sempre e de qualquer forma, visto termos claro que fizemos um concurso público para isso, mas com certeza, não haveremos de nos calar diante das questões que se nos apresentarem. Sabedores do fato de que o mundo é feito de gentes de todos os jeitos e tipos, não nos assentamos em campos bélicos... gostamos da paz, gostamos da alegria, gostamos do riso solto, gostamos da vida fluindo, gostamos da parceria tranquila, gostamos dos bons afetos, gostamos das energias vitalizadoras, gostamos da força que produz vida, gostamos de trabalhar com gente! E, no mais, lutamos contra todas as formas de sujeição.
É de se temer, sim, aqueles que você nunca sabe o que estejam pensando ou de que forma estejam agindo.
É de se temer aqueles cuja subjetividade-sabonete há de lavar toda e qualquer mão, assim como, poderá deslizar por qualquer descuido. Esses, extremamente perigosos, apresentam a habilidade de, num campo bélico, parecerem aliados, mas que não tirarão as suas caras de trás das trincheiras quando os inimigos vierem... esses, olharão no horizonte e parecerão guardiães do campo de batalha, mas fugirão à menor espreita de movimento.
É de se temer aqueles que fazem de tudo para angariar benefícios somente para si em detrimento dos benefícios à coletividade. Temos vários exemplos disso em nosso quadro de trabalhadores públicos da prefeitura de cruz alta (e alguns desses tem a cara destampada para dizerem que foram perseguidos, quando, na verdade, perderam as condições de possibilidades para seguirem bordando seus contracheques do jeitinho que queriam). Esses, sempre digo, fica impossível defender. Assim como fica impossível defender aqueles que não trabalham, mas sabem exatamente o dia em que recebem o salário.
É de se temer aqueles cujo trabalho não seja sério e que não respeita o cidadão enquanto gente. É de se temer aqueles que operam o trabalho público de qualquer jeito e sem consistência humana e técnica. É de se temer aqueles que se preocupam em serem somente bem remunerados, mas atuam irresponsavelmente. É de se temer aqueles que vem governo, vai governo, e ninguém faz nada para cobrar-lhes o trabalho e nem para dispensar seus faz-de-conta... desses eu tenho medo, porque a cada novo governo se apresentam com imprescindíveis e insubstituíveis, tentando com isso aumentar o valor que lhes é pago, ameaçando abandonarem o barco, caso não sejam atendidos em seus pleitos.
É de se temer tanta gente e tanta coisa, menos aqueles que não vivem da hipocrisia.
        Enfim, para dar fecho a esta escrevinhadura, quero dizer que somos inventadores de modos de vida diversos daqueles dados como certos e exatos... somos libertários e, ainda com Foucault, lembro que:
“Essa arte de viver contrária a todas as formas de fascismo, que sejam elas já instaladas ou próximas de ser, é acompanhada de um certo número de princípios essenciais, que eu resumiria da seguinte maneira se eu devesse fazer desse grande livro um manual ou um guia da vida cotidiana:
        - Libere a ação política de toda forma de paranoia unitária e totalizante;
      - Faça crescer a ação, o pensamento e os desejos por proliferação, justaposição e disjunção, mais do que por subdivisão e hierarquização piramidal;
        - Libere-se das velhas categorias do Negativo (a lei, o limite, a castração, a falta, a lacuna), que o pensamento ocidental, por um longo tempo, sacralizou como forma do poder e modo de acesso à realidade. Prefira o que é positivo e múltiplo; a diferença à uniformidade; o fluxo às unidades; os agenciamentos móveis aos sistemas. Considere que o que é produtivo, não é sedentário, mas nômade;
        - Não imagine que seja preciso ser triste para ser militante, mesmo que a coisa que se combata seja abominável. É a ligação do desejo com a realidade (e não sua fuga, nas formas da representação) que possui uma força revolucionária;
        - Não utilize o pensamento para dar a uma prática política um valor de verdade; nem a ação política, para desacreditar um pensamento, como se ele fosse apenas pura especulação. Utilize a prática política como um intensificador do pensamento, e a análise como um multiplicador das formas e dos domínios de intervenção da ação política;
        - Não exija da ação política que ela restabeleça os ‘direitos’ do indivíduo, tal como a filosofia os definiu. O indivíduo é o produto do poder. O que é preciso é ‘desindividualizar’ pela multiplicação, o deslocamento e os diversos agenciamentos. O grupo não deve ser o laço orgânico que une os indivíduos hierarquizados, mas um constante gerador de ‘desindividualização’;
        - Não caia de amores pelo poder”.
Enfim, o poder é efêmero, portanto, não-é... o poder não existe em si, enquanto verdade profunda, universal e absoluta. O poder se faz. E estamos sendo incitados a isso.

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