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O termo "drogas" é hoje usado para classificar todos os psicoativos cuja produção, comercialização e uso são proibidos por lei. Droga psicoativa é uma substância que provoca efeitos apaziguadores (como o álcool, a maconha, a heroína e a morfina, estas últimas derivadas do ópio), euforizantes (como a cocaína e a cafeína) ou alucinógenos (como o LSD, o peyote ou a ayuahusca). No entanto, há algo que diferencia a cocaína da cafeína, ou o álcool da maconha: a cocaína e a maconha são ilegais, ao passo que as outras duas não. Essa distinção não se deve às propriedades químicas ou aos supostos "prejuízos" à saúde que poderiam causar, mas a um processo político, social, econômico e moral – o proibicionismo – que, desde a década de 1910, tem lançado todo um conjunto de "drogas" na ilegalidade. Entretanto, a relação entre os homens e os psicoativos é tão antiga quanto a própria vida social. As pessoas usam "drogas" para experimentar estados alterados de consciência, buscar prazeres únicos, tratar doenças, diminuir sofrimentos físicos e mentais, praticar exercícios espirituais, cometer ações inusitadas. Como a procura pelas "drogas" é incontível, a proibição apenas gerou um mercado ilícito de proporções mundiais, onarcotráfico. Enfim, o termo droga também designa o pejorativo na sociedade e passível de internação e encarceramento. Os antiproibicionistas pleiteiam a descriminalização ou a legalização das drogas. Os abolicionistas penais defendem a liberação das drogas como atitude condizente com o princípio do governo do próprio corpo e de suas ingovernáveis sensações.
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