Não quero saber das regras brutas da língua pensada e
falada.
Não quero saber das absolutas cientificidades.
Não quero saber das vãs formalidades e nem das liturgias
inócuas.
Não quero saber de copa do mundo e nem do mundo da copa
(não me
interessa saber dos milhares de milhões que valem uma dupla de pés e outra de
pernas correndo atrás de uma bola)
(não me
interessa saber de uma bola pensadinha e desenhadinha especialmente para a
copa)
(não me
interessa saber de mascotes e nem de adereços)
(não me
interessa saber de uniformes feitos ao gosto da publicidade que pinta o sete
nas coxas, na bunda, nos ombros, no cangote, nos braços, na barriga, nas costas
e onde mais couber coisas para vender os falidos espaços e deterioradas
subjetividades)
(não me
interessa saber quem financiou o quê e nem quem roubou, superfaturou, amealhou,
explorou, juntou as granas que foram tão bem calculadas nos impávidos papeis
dos burocratas)
(aliás,
não precisam ficar me explicando o que saiu de onde... na verdade tenho medo de me
imbecilizar e acabar entendendo a coisa exatamente como me explicaram, mesmo
sabendo que não seja bem assim)
Quero saber bem pouco.
Quero saber de pouca coisa.
A vida que bate nos singelos passos de quem vive noutros mundos,
que não o da copa.
É disso que quero saber e sei.
(é
coisa pouca, porque a bola que amorteço em meu peito é feita de vida de
verdade... o campo em que corro, não tem margens precisas, pois pode me levar a
qualquer descampado... as camisas rotas não tem patrocínio além do suor)
Ah! E ainda tem mais umas coisas (que talvez sejam as mais
importantes aqui) que me interessam!
(interessa-me
a vida, a força, a alegria, a fluidez com que vivemos, com copas ou sem copas)
Enfim! A vida pode sempre ser outra coisa!
concordo, quero saber do que me interessa... sábios pensamentos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei, obrigada Lisiane Dornelles, por essa descoberta!
ResponderExcluir